domingo, 27 de março de 2011

são tantas coisas ♪ '

Eu tento todos os dias tentar conseguir me expressar melhor, falar dos meus sentimentos, das coisas que me deixam sem rumo, dos sentimentos que se entrelaçam, das contas que não acabam, da vontade de sair andando, á noite, com alguns chicletes no bolso, um chinelo branco e um óculos de sol pro amanhecer ...

Do cheiro que tem o meu medo, da cor que tem o meu espanto, do barulho que tem a minha voz, do comprimento que tem o meu cabelo, do tamanho das minhas medidas ... ' são tantas coisas ♪ '

Tenho me confundido cada vez mais.
A cada dia mais. Sobre o ser e o nao ser, do ir ou não ir, do estudar ou largar, do sentir ou isolar, do escrever ou calar, do grito ao silêncio.
E eu silencio.

Talvez seja a pior forma de tentar conformar, de fazer compreender. O silêncio fere (ao meu ver) mais do que palavras, mais do um tapa, uma expressao, um olhar ... o silêncio é o problema gerador. Porque voc~e não me responde ? Porque voce nao fala comigo ? Voce concorda ? Voce está aí ? No que voce está pensando ? Podemos sair hoje ? casa comigo ? Qual ficou melhor ? O que voce tem ? Porque acabou ? Voce me ama ? Voce está bem ? Porque está chorando ? Vale a pena ? Voce vem ? Quando volta ?

Imaginar as respostas mais trágicas para todas essas perguntas é fácil.
Todo mundo sabe esperar o pior. Foda é quando fica o silêncio.
O desespero com o outro ... imagine agora, estar precisando daquela resposta, daquela decisão, daquela palavra, precisando sair da agonia, precisando ouvir algo daquela pessoa ... daquele cachorro, daquele espelho, daquele...daquela...deles...dela... de você.

Não é fácil. 




Texto: Joice Censi
Postado em: "Diário dos Diálogos Imaginários"- Amiéf.




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