Antes que acabe a noite, eu vejo das janelas, as estrelas do céu.
Nem sempre elas estão a minha vista mas sei que sempre espreitam meus pensamentos.
Antes de começar a noite, eu vejo das janelas, as luzes da cidade.
Antigamente eu costumava contemplar as luzes da cidade grande, a correria ...o caos.
Hoje a vida me trouxe a ver o marasmo de uma ciadedezinha parada no tempo, sem muita cor, sem quase nada.
O que meus olhos podem realmente ver?
As vezes eu tenho medo de me responder isso. As vezes receio que vejo bem mais do que gostaria.
Vejo sempre a tristeza escondida em rostos pintados de solidão.
Vejo sempre alguma alma cansada, camuflada de desilusão.
Vejo máscaras de euforia em corações dilacerados.
Vejo uma certa hipocrisia, em comentários debochados que são vomitados por puro medo.
Medo de sentir. Gente que não sente.Vejo muita gente que não sente.
Vindo pra casa a noite, meus olhos observam aquelas casas do caminho.
Casas velhas, decoradas com a saudade dos velhinhos no portão.
Quando passo por eles e os vejo perdidos em pensamentos sempre me pego imaginando o que os olhos deles podem ver.
Em que ano terão ficado suas vidas? O que os trouxe até aquele portão olhando o nada, emoldurando a paisagem de lembranças amareladas.
Penso nos cegos do castelo. Penso que deve ser mesmo uma lástima fechar as janelas da alma.
É triste e cruel.
Talvez por lembrar disso que eu evite tanto fechar os olhos.
Até mesmo pra dormir.
Prefiro sonhar acordada.
Prefiro não perder nada.
Quero manter os olhos abertos, ainda que eles não vejam apenas beleza.
Quero poder sonhar acordada, ainda que seja tudo utopia.
Ver tudo que me fará sentir. Sentir tudo que me fará viver.
....eu desaprendi a viver sempre esperando demais.
Não espero perfeição, não espero risos frenéticos nem total compreensão.
Espero só viver.
Antes de começar a noite, eu vejo das janelas, as luzes da cidade.
Antigamente eu costumava contemplar as luzes da cidade grande, a correria ...o caos.
Hoje a vida me trouxe a ver o marasmo de uma ciadedezinha parada no tempo, sem muita cor, sem quase nada.
O que meus olhos podem realmente ver?
As vezes eu tenho medo de me responder isso. As vezes receio que vejo bem mais do que gostaria.
Vejo sempre a tristeza escondida em rostos pintados de solidão.
Vejo sempre alguma alma cansada, camuflada de desilusão.
Vejo máscaras de euforia em corações dilacerados.
Vejo uma certa hipocrisia, em comentários debochados que são vomitados por puro medo.
Medo de sentir. Gente que não sente.Vejo muita gente que não sente.
Vindo pra casa a noite, meus olhos observam aquelas casas do caminho.
Casas velhas, decoradas com a saudade dos velhinhos no portão.
Quando passo por eles e os vejo perdidos em pensamentos sempre me pego imaginando o que os olhos deles podem ver.
Em que ano terão ficado suas vidas? O que os trouxe até aquele portão olhando o nada, emoldurando a paisagem de lembranças amareladas.
Penso nos cegos do castelo. Penso que deve ser mesmo uma lástima fechar as janelas da alma.
É triste e cruel.
Talvez por lembrar disso que eu evite tanto fechar os olhos.
Até mesmo pra dormir.
Prefiro sonhar acordada.
Prefiro não perder nada.
Quero manter os olhos abertos, ainda que eles não vejam apenas beleza.
Quero poder sonhar acordada, ainda que seja tudo utopia.
Ver tudo que me fará sentir. Sentir tudo que me fará viver.
....eu desaprendi a viver sempre esperando demais.
Não espero perfeição, não espero risos frenéticos nem total compreensão.
Espero só viver.
Viver e não perder nada.
Nem um segundo.
Nem um sonho, nem um riso, nem uma lágrima ... nada ...
Espero só viver sempre, de olhos bem abertos.
[fim]
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