O sol veio bater a minha janela logo pela manhã.
Veio me dizer que tudo começa outra vez, pra denovo terminar no fim do dia.
E ele veio, cheio de prepotência, cheio daquela arrogância que só ele consegue exibir tão sutilmente.
Abriu as frestas da minha cortina, olhou-se no espelho do meu quarto, e veio então de encontro a mim.
Veio me tocar a face, talvez me fazer carinho, pedindo que eu acordasse.
E foi assim.
Abri os olhos quase a contragosto, espreguiçei o corpo inteiro, brinquei com as cobertas, mexi nos cabelos... e fui aos poucos despertando.
E ele continuava alí me olhando.
Parecia me sorrir em raios de luz suave.
Parecia me anunciar o roteiro do dia.
Me disse que só por hoje, vou estar em paz.
Porque ele vai estar em todo lugar, talvez velando meus atos torpes.
Talvez bloqueando meus pensamentos rotos.
E agora, enquanto escrevo estas palavras, ele da janela me espia.
Traz o vento para animar este quarto tão silencioso.
E venta... e aqui se vê.
Onde tudo parece ganhar vida aos poucos, imitando folhas bailarinas das árvores de outono.
E hora de sair lá fora.
É hora de ir ver o sol.
Não tarda, ele logo se vai.
Mas só por hoje, eu vou deixar que o caminho seja iluminado.
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