"Na verdade, Osíris pensava que bem poderia reinar sozinho e, certa noite, no terraço de seu palácio de ouro, assim o disse a Ísis. Ela, porém, riu-se. "Sem mim - respondeu - serias o mais desgraçado do universo. Nossa felicidade provém de sermos um e, ao mesmo tempo, diferentes". Osíris contestou e ela desafiou-o: "Cria então um ente que, sozinho, possa ser feliz!" E foi então que Osíris criou o homem. Criou a mais bela criatura do universo. Para a sua morada, fez a terra, com água e rocha, rios e montanhas, ervas e árvores, aves e quadrúpedes, insetos e répteis. Mostrou-o orgulhosamente a Ísis e disse: "Quem pode deixar de ser feliz em meio a tanta variedade?" Ísis continuou a a tecer calmamente, no terraço de seu palácio, sem nada replicar. E, por certo, o homem não se sentiu feliz. Passada a curiosidade pela variedade que o cercava, tornou-se melacólico e pensativo. "Tua criação se aborrece", disse Ísis zombeteiramente. Osíris, irritado, voltou a trabalhar. "Não lhe dei cores", disse. E espalhou pela terra, que até então era de um frio cinzento uniforme, toda a magia do colorido. Tingiram-se os montes de púrpura, tornaram-se verdes as árvores e as ervas das planícies, os mares se enriqueceram de azul e as flores se abriram em infinita variedade de matizes. "Venci!", exclamou Osíris, e assim de fato parecia ser, pois uma nova alegria de apoderou do coração do homem, diante de tantas maravilhas. Ísis se limitou a sorrir. Ela bem sabia que não era bastante a variedade. E, realmente, a visão daquelas belezas acabou por fatigar o homem, que voltou a se mostrar melacólico e deprimido. Então, mais uma vez, a vontade criadora de Osíris entrou em ação e mesmo Ísis chegou a entusiasmar-se. É que, até ali, tudo na terra havia sido perfeito quanto à forma, mas destituído de movimento. E agora tudo começou a mover-se. Esvoaçaram alegremente as aves, caminharam todos os animais por entre as matas, farfalharam as verdes copas das árvores, correram os rios para o mar, agitaram-se os oceanos em ondas espumejantes, sopraram os ventos e as nuvens deslizaram no céu. E o homem tornou-se a erguer-se, feliz como uma criança, para correr entre todas as coisas moventes. "Vês?", disse Osíris a Ísis. "Não necessito de ti". Ela tornou a sorrir respondendo: "Esperemos". E, de fato, pouco depois, cansou-se o homem de ver os pássaros em vôo, os animais em marcha, o ondular das vagas e o sopro dos ventos. Tudo aquilo só aumentava a sua amargura interior, o sentimento profundo de sua solidão. Irritou-se Osíris e tornou a sacudir o universo com o seu poder criador. E surgiu o som, fazendo o homem erguer-se, em encantada surpresa, ante o murmúrio dos ventos, o variegado canto das aves, o rugir das feras, o escachoar das cascatas, o frêmito do mar, a imensa orquestra do mundo. E o homem, possuído de alegria, juntou sua voz à canção incessante de todas as coisas. Mas o tempo levou o homem a fatigar-se de tudo aquilo. De novo a infelicidade se apoderou dele, ainda mais forte e intensa do que antes. "Senhor", disse Ísis, "tua criatura está morrendo. Deixa que eu a ajude". Osíris nada respondeu, mas também nada fez. Já havia dado tudo ao homem: lar, forma, cor, variedade, som. Ísis terminou, então, o tecido que fazia e deixou-o cair junto ao homem. Este sobressalltou-se, na melancólica meditação em que se abismava, ao leve ruído do fino pano que tombara. E viu que este se transformava em uma mulher. Ela deu-lhe a mão, e partiram juntos a percorrer o mundo. E nunca mais o homem se sentiu inteiramente miserável. Talvez também não fosse inteiramente feliz. Mas o fato é que jamais pode ficar enfadado sem remédio."
[A história da criação do homem e do universo segundo Osíris e Ísis.]
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
VIVA EL MERRICO
IMAGINEM SO
SE O ZORRO COLOCAR UMA RATOEIRA NA CASA DELE
ELE VAI MATAR O LIGEIRINHO
DAR LOGICO QUE NAO DESENHOS NAO MORREM :P
MAS PERSONAGENS DE FILMES SIM
ENTAO SE O LIGEIRINHO COLOCAR UMA RATOEIRA NA CASA DELE
O ZORRO MORRE ??
LIXO MORAL
OS MITOS SE TORNAM VERDADE
QUANDO VOCE PASSA A ACREDITAR MAIS NELES
QUE NA PROPRIA REALIDADE
VOCE PODE OUVIR ??
VOCE PODE OUVIR OS TAMBORES ??
NAO? SINAL QUE VOCE DEVE SE SURDO KKKKKK
BRINCADEIRA
MAS SE VOCE TA OUVINDO
PODEM SER INDIOS CANIBAIS VINDO TE PEGAR
AGORA TODO SURDO VAI FICAR COM PARANOIA
ACHANDO QUE TEM TAMBORES TOCANDO POR QUE OS INDIOS TAO VINDO
ATENCAO CRIANCAS
MATAR PESSOAS SO É LEGAL NO CS
NA VIDA REAL NAO
O SANGUE ENCARDE AS ROUPAS
É SERIO!!
E TAMBEM VOCE PODE SER PRESO
ISSO NAO IA SER LEGAL
SE A GRAVIDADE TA TE ESMAGANDO
SV GRAVIT 800 (GRAVIDADE NORMAL)
SV GRAVIT 0 ( FAZ FLUTUAR)
CS FAZ MAL A CABECA CRIANCAS
OU SEJA JOGUEM CS NAO FUMEM MACONHA
POR QUE MACONHA TAMBEM FAZ MAL
CAMPANHA CRIANCAS JOGUEM CS AO INVEZ DE FUMAR MACONHA
SEU CEREBRO VAI DERRETER MAS VOCE VAI ENTENDER ESSA PIADINHA HA
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
No Lado Negro da Lua'
"Hoje como todos os outros dias era para eu ter morrido, ter sido levado nas asas dos
Anjos da morte através dos ventos mais antigos para uma terra desconhecida, para onde
o inexplicável se perde e o inesquecível ganha a mesma forma do esquecível em paradoxais espelhos vazios..
Anjos da morte através dos ventos mais antigos para uma terra desconhecida, para onde
o inexplicável se perde e o inesquecível ganha a mesma forma do esquecível em paradoxais espelhos vazios..
Hoje como todos os outros dias, eu pensei no abismo que é sentir, e viver isto talvez tenha me aberto os olhos em frente a todos aqueles rostos desconhecidos, alí mortos, presos ao tédio de saberem que um dia existiram.
"Silêncio!" gritava-me o Silêncio...
E eu não o compreendia...
Todos os mesmos rostos, os mesmos mortos, o mesmo tédio que se repetia, rezava de joelhos aos meus pés... E eu por nada sentir olhava-os indiferentes, porque não compreendia o idioma de suas orações... Aquele exército de anjos tortos, medindo esforços pra me fazer acreditar que de nada adianta o choro, as flores e velas... Aquela cruz que alguém carregou, e esqueceu pelo caminho... Aquelas moradas onde só o nada habita...
Silêncio...
Foi tudo o que restou.
Mesmo em meio a multidão de corpos, mesmo em meio as ondas que o vento sem direção, soprou.
Mesmo em meio a multidão de corpos, mesmo em meio as ondas que o vento sem direção, soprou.
Só hoje... mesmo em meio a tudo isso... embalado pelos mesmos ventos cruéis e sanguinários, torpes e sinistros que sem direção sopravam eu vi algo...
Só hoje... em meio a solidão de quem nunca ví, em meio ao sofrimento de quem nunca conheci, eu senti algo...
Eu senti que apesar de existir coisas incompreensiveis a mim, de apesar de haver coisas que nunca se concretizarão... Eu ainda vivo! Estou a viver, sem estes motivos exigidos pela vida, pela morte, pelo espírito e pelo mundo... Sem um prazo... ou com um prazo... Já terei morrido ali, há uma lápide com meu nome no congelado rio que é o tempo...
Não sei... estou lá, mas onde estou agora?...
Estou no meio de tudo, no centro do mundo, entre os vivos e os mortos. Estou onde deveria estar, talvez não no meu verdadeiro lugar, mas onde eu sei que os dias podem fazer algum sentido.
E que sentido é este? Escrito em cartas que nunca mandei, rabiscado em muros de ruas que nunca passei...
Este sentido que busco em toda parte.
Estas horas que desperdiço sem saber que ainda não é tarde, pra quem sabe um dia ainda viver... pra quem sabe... sonhar... ou apenas...sentir..Ah! Quanta coisa ainda poderia contar ou escrever e gravada esta história seria nas páginas das poeirentas páginas que guardam a infinita história do universo, mas cansaço... é o demônio que por aqui vagueia... E ele pede com aqueles olhos famintos, pede como as garotas com armas apontadas para a cabeça suplicam em meus sonhos mais sombrios: "Põe-me para dormir?"...Pois as mesmas palavras que nos tiram o sono, nos darão os sonhos. Pois eu desejo que talvez pelos próximos 17 minutos, fiques a pensar, que talvez pelos próximos 17 dias, fiques a imaginar e talvez pelos próximos 17 anos, ainda te lembres das linhas que tuas mãos soltaram pelo ar desta noite. Que falavam da morte, do destino, da sorte de quem nada sente, da tristeza de quem muito ama... que as idéias ainda que vagas aos outros, sejam infinitas em nós...
Este sentido que busco em toda parte.
Estas horas que desperdiço sem saber que ainda não é tarde, pra quem sabe um dia ainda viver... pra quem sabe... sonhar... ou apenas...sentir..Ah! Quanta coisa ainda poderia contar ou escrever e gravada esta história seria nas páginas das poeirentas páginas que guardam a infinita história do universo, mas cansaço... é o demônio que por aqui vagueia... E ele pede com aqueles olhos famintos, pede como as garotas com armas apontadas para a cabeça suplicam em meus sonhos mais sombrios: "Põe-me para dormir?"...Pois as mesmas palavras que nos tiram o sono, nos darão os sonhos. Pois eu desejo que talvez pelos próximos 17 minutos, fiques a pensar, que talvez pelos próximos 17 dias, fiques a imaginar e talvez pelos próximos 17 anos, ainda te lembres das linhas que tuas mãos soltaram pelo ar desta noite. Que falavam da morte, do destino, da sorte de quem nada sente, da tristeza de quem muito ama... que as idéias ainda que vagas aos outros, sejam infinitas em nós...
Nós que vivemos todo tempo, e morremos por toda a vida."
*Texto: Teresa & O Menino das Mil Faces.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
NINGUEM TE AMA
AS VEZES O EGO É TAO BAIXO QUE NEM TENTAR SE ERGUER ELE NAO CONSEGUE
POR QUE JA SE DEPRIMIU AO PONTO DE ACHAR QUE NAO É CAPAZ DE NADA
QUANDO ISSO ACONTECER SE MATA SEU INUTIL VOCE É SO UM PESO NO MUNDO
POR QUE JA SE DEPRIMIU AO PONTO DE ACHAR QUE NAO É CAPAZ DE NADA
QUANDO ISSO ACONTECER SE MATA SEU INUTIL VOCE É SO UM PESO NO MUNDO
LENHA NA FOGUERA
ESCUTE O SILENCIO ....
FACA UM ESFORCO E ESCUTE
E QUANDO VOCE ESCUTAR É POR QUE JA NAO É O SILENCIO SEU BESTA
FACA UM ESFORCO E ESCUTE
E QUANDO VOCE ESCUTAR É POR QUE JA NAO É O SILENCIO SEU BESTA
sábado, 4 de dezembro de 2010
Ultimo Jantar'
"No nosso último jantar
sentamos à mesa e comemos em silêncio( o próprio)
bebemos vinho e não brindamos
só se brinda quando existem planos
naquela noite, naquela mesa
nosso último jantar era a única certeza
alguém que por ventura bisbilhotasse nossa janela
veria talheres e copos flutuando sobre as velas
no nosso último jantar
sentamos à mesa e comemos transparentes
alguém que por ventura bisbilhotasse nossa janela
veria a comida sendo digerida dentro da gente
no nosso último jantar
sentamos à mesa e carcomemo-nos
alguém que por ventura bisbilhotasse nossa janela
nos veria por muito pouco tempo...."
you hurt me'
Ver você me dói um pouco.
Só um pouco mas o suficiente para me arder a pele.
Dói porque tua figura ainda pregada aos meus sonhos, não me liberta de tudo que eu não tive mas insisto em reviver. Dói porque quando não te vejo, ainda posso fingir que você nunca existiu.
Ver você me dói um tanto.
Um tanto tão grande que não cabe em mim, mas também tão pequeno que só me arde e não me faz chorar. Me dói te ver porque meus sentidos ainda aguçam a tua espreita, e tuas mazelas ainda me fazem baixar os olhos e pensar tristemente 'ah esta vida dificil...'
Ver você dói. Dói que eu poderia até morrer com essa dor. Mas morreria assim tranquila, porque apesar de ser dor ela também é saudade escondida. E saudade mata, mas em silêncio e em solidão.
Talvez eu saiba que ver você é ilusão. Sempre foi. Mas peco ao repetir o erro de achar que carrego teu coração no meu coração.
Ver você me dói.
Porque certas feridas nunca cicatrizam e ficam lá, sangrando, sangrando... pra me lembrar a cada gota o quanto você me dói.
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